terça-feira, 28 de junho de 2011

Cuida-te, mon chéri.

          Fazia frio. Frio demais pra uma segunda-feira de Março em que nem havia chegado o Outono. Não fez diferença, a saudade era grande. Era pra ti? 
Naquele momento parecia tão simples, poderia ter sido, não? Mas aquele medo de não-posso-me-apaixonar não nos deixou chegar ao final da estação. - lembro-me de, em meio a paranoias, citar, superficialmente, o receio de não te ter comigo e tu me dizeres que não era das outras que tu gostavas e que era por mim o teu afeto. Por um instante acreditei que a reciprocidade de sentimento não era utopia. Mas só por aquele instante. 
       O equinócio passou e o solstício se aproximava: a esperança foi se convertendo gradativamente em cansaço.
         Fazia mais frio. Frio demais pra uma quinta-feira de Junho em que nem havia chegado o Inverno. Não fez diferença, a saudade era maior ainda. Era pra ti?   
         Só não esqueças tu: encher deriva de cheio e escreve-se com "ch"; "mim" não conjuga verbo e depois dos verbos "ter" e "haver" usa-se particípio longo. E que eu continuo apaixonada por quem eu gostaria que tu fosses.
           É, foi só um amor de outono.
           O mais importante: cuida-te.
           

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